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Valorização da Indicação Geográfica (IG) com imersão na Ervateira local

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O Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UNC) campus Canoinhas, viabilizou uma visita técnica na Ervateira Seleme, vinculada a disciplina de Teorias do Desenvolvimento I, com a supervisão do professor César Augustus Winck.

 

Valorizando a cadeia produtiva da erva-mate, que faz parte da história da cidade e da região de Canoinhas, oportunizou-se aos mestrandos e doutorandos, uma imersão na industrialização da erva-mate.

 

A empresária anfitriã e responsável técnica, Juliane Seleme Brehmer apresentou brevemente a história da fundação da Ervateira, a qual possui 104 anos de funcionamento e atuação no ramo ervateiro no cenário nacional e internacional (exportação). Atualmente a empresa possui onze funcionários sendo oito trabalhando no sistema operacional, e três nas funções de escritório e gestão.

 

Na visita à estrutura física da Ervateira, foi possível conhecer processo produtivo da erva mate. A estrutura grandiosa é necessária para o armazenamento da ervas-mate, que fica descansando por um ano, em média, até amarelar (produto para exportação). Após esse período é realizado análise do extrato que possui em média 287 itens. Cabe ressaltar que 30% da erva mate é exportada e 70% o Brasil consome.  Realiza-se em média a exportação de 200 toneladas de erva-mate por mês.

 

Na apresentação foram apontados alguns fatores positivos e relevantes como: as condições ambientais e territoriais, a tradição do consumo da erva-mate, a união da classe dos ervateiros e o sindicato atuante. Entretanto, são identificados também alguns desafios para esta atividade produtiva como a mão de obra, a pandemia e o petróleo.

 

As características ambientais (altitude, umidade, sombreado) e territoriais (terras férteis, reserva legal) valorizam a produção da erva mate, viabilizando a identidade geográfica. Conceitua-se Indicação Geográfica (IG) produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui valor intrínseco e identidade própria, ou seja, são produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação e clima.

 

Na ocasião discutiu-se sobre a necessidade da valorização da erva-mate na sociedade regional e estadual, através do desenvolvimento de projetos ou programa de visitação às Ervateiras, partindo do pressuposto de que só admira aquilo que se conhece. E a erva-mate é um produto típico da região de Canoinhas e de todo Planalto Norte.

 

Autores:

Erica Eloisa Paulitsky, Psicóloga e Mestranda do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional.

Jaquelini Conceição, Psicóloga e Doutoranda do Programa de Doutorado em Desenvolvimento Regional.

Paola Malacoski Schimingoski, Psicóloga e Mestranda do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional.

César Augustus Winck, Médico Veterinário e Docente do Programa Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional.

 

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Equipe A Gazeta Tresbarrense
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